Não é médico, não é bruxo, mas consegue adivinhar a morte dos doentes de um centro de reabilitação nos Estados Unidos. Chama-se "Oscar", tem quatro patas e é um simples gato, que já deu origem a um livro. Um anjo da morte ou um adivinho... de quatro patas? As opiniões dividem-se no que diz respeito a "Oscar", um gato que tem a capacidade de adivinhar quando os pacientes em estado terminal de um centro de reabilitação em Providence, nos Estados Unidos, vão morrer.
Criado no centro desde bebé, "Oscar" é acarinhado por todos e nem mesmo o seu estranho dom parece assustar os pacientes, que na sua maioria sofrem de Parkinson ou Alzheimer. Todos os dias, o comportamento do felino é semelhante: levanta-se da sua cestinha e vai passear pelo centro de saúde, onde visita todos os quartos e cheira as pessoas; quando é caso de morte iminente, "Oscar" enrosca-se no corpo do doente e por ali fica até que este acabe por fechar os olhos para sempre.
Dom ou reacção ao cheiro?
A história de "Oscar", que já previu mais de 50 mortes, deu azo a um artigo publicado no prestigiado "New England Journal of Medicine". David Sosa, geriatra autor do texto, acabou mesmo por escrever o livro "Fazer a Ronda com o Oscar: O Dom Extraordinário de um Gato Normal", com o intuito de ajudar familiares de doentes em fase terminal.
"Queria escrever algo que fosse mais além das capacidades do 'Oscar'", explica o médico. "Contar porque é que ele foi tão importante tanto para os médicos como para os pacientes quando estavam nas suas últimas horas".
Quanto a explicações para o estranho comportamento do gato, o médico deixa várias hipóteses no ar: há quem diga que ele reage a um odor libertado por quem está a morrer e que o olfacto humano não capta, mas há também quem sustente que "Oscar" apenas vai em busca do calor dos cobertores eléctricos que os enfermeiros põem nas camas dos doentes que estão em risco de morte.
Independentemente dos verdadeiros motivos que levam "Oscar" a acompanhar os moribundos, as enfermeiras e médicos do centro de reabilitação americano apreciam cada vez mais a prestação do felino, que lhes permite, assim, avisar os familiares dos doentes e dar-lhes a oportunidade de os acompanharem nas suas últimas horas de vida.
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