Um estudo sobre hotéis de luxo chegou a uma conclusão surpreendente. Apesar da crise, há quem esteja disposto este ano a gastar mais em champagne, viagens, roupas e carros.
O estudo, encomendado pelo hotel de luxo Vila Joya, no Algarve, analisou as respostas de 210 pessoas, perto de 70 por cento das quais são portugueses.
De acordo com os resultados do trabalho, produzido por uma consultora na área do turismo, os consumidores, nacionais e internacionais, tencionam em 2010 aumentar o seu consumo hotelaria de luxo, viagens e gastronomia gourmet. Um dos objectivos-chave do estudo consistia em identificar os factores que maior influência têm sobre o consumo de luxo e pelos quais o consumidor está disposto a pagar mais. O topo é ocupado pelo serviço seguido pela qualidade, no que diz respeito a viagens.
Quanto ganham e quanto gastam.
Em 2010 e, comparativamente com 2009, 86% dos inquiridos estão dispostos a gastar o mesmo ou mais na compra de produtos de luxo, nomeadamente em hotéis e viagens, quando dois em cada três afirmam ter, em 2009, gasto mais em produtos de luxo do que nos anos anteriores.
Da carteira destes bon vivants, para estes 'pequenos luxos', como viagens, hotéis, restauração gourmet, roupas e carros sai cerca de 15% do rendimento anual.Convém dizer que estamos a falar de pessoas cujo rendimento médio anual é, para um terço dos inquiridos (31,9%) entre 125 a 250 mil euros, outros com rendimentos entre os 250 a 500 mil euros (14,76%) e 1,9% mais de 500 mil euros. Cerca de metade, ainda assim, afirmou aferir um rendimento inferior a 125 mil euros por ano.
As marcas mais apetecidas.
Os sondados, aparentemente imunes à crise, planeiam gastar dinheiro em marcas conhecidas e que conferem algum status, como a Mercedes, no caso dos automóveis, a Armani, no vestuário, a Moët & Chandon no sector das comidas e bebidas e a marca Ritz na hotelaria. O estudo revela ainda que a escolha de um hotel de luxo está muito dependente das condições que este proporciona para o relax, sobretudo aliado às experiências gastronómicas.
Uma prova disso é o facto de metade dos inquiridos ter afirmado ter consumido uma refeição gourmet nos últimos meses, um em cada quatro ter assumido que o faz todos os meses e outros (42%) que afirmam ter uma refeição requintada a cada três meses. Um terço dos inquiridos (32,86%) tem idades compreendidas entre os 30 e os 39 anos e 40% entre os 40 e os 55 anos. Da amostra sobressai que 48,10% dos inquiridos ocupam cargos de gestão, 22,38% são empresários, 13,81% estão reformados e 15,71% ocupam diferentes ocupações em áreas diversas.
O "Luxury Hotel Survey" teve por base a aplicação de um questionário a 210 pessoas, no período de 16 a 29 de Dezembro. No que diz respeito à caracterização da amostra, 67,62% dos inquiridos reside em Portugal, 20% no Reino Unido, 5,71% na Irlanda e 6,67% em outros países como Espanha, Dinamarca, Índia, entre outros. O agregado familiar é composto em média por 2,65 membros.
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