
O ministro haitiano da Justiça, Paul Denis, disse à AFP “não ver razões para que sejam julgados nos EUA”. “Cometeram os crimes no Haiti, é no Haiti que devem ser julgados”.
Na sexta-feira, as autoridades prenderam os membros de uma associação ligada a uma igreja baptista de Idaho (EUA) que se faziam acompanhar por 33 crianças, junto à fronteira com a República Dominicana. Os cinco homens e mulheres afirmaram tratar-se de órfãos do sismo de 12 de Janeiro, embora não tivessem qualquer autorização ou documento para os levar do Haiti. Negam que estejam envolvidos em tráfico infantil, e garantem que queriam ajudar algumas das milhares de crianças abandonadas.
Mas a maioria, soube-se mais tarde, ainda tem família. A polícia adiantou que alguns pais entregaram os filhos aos missionários acreditando que receberiam uma educação melhor e uma vida com mais condições.
Hoje, uma responsável da UNICEF afirmava que o Haiti constitui “a mais grave crise de protecção das crianças alguma vez vista”, devido ao grande número de órfãos e crianças separadas dos familiares, após o terramoto. “Não sabemos se os familiares estão vivos, se os podemos encontrar ou quem restou da família, se, por exemplo, um parente distante pode ficar a tomar conta”, disse a directora geral adjunta Hilde Johnson.

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