As vendas de armas que o Presidente Barack Obama decidiu ontem autorizar vão afectar a cooperação sino-americana quanto a grandes assuntos internacionais, disse o ministério, citado pela agência noticiosa oficial, Xinhua.
Esta decisão do Presidente norte-americano apenas vai “atear as chamas” da pretendida independência de Taiwan e colocar obstáculos no caminho de uma aproximação entre as duas partes da China, a continental e a insular, prosseguiu o Governo de Pequim.
As autoridades chinesas reagem assim muito mal à venda de armas norte-americanas a Taiwan no valor de 6.400 milhões de dólares (4.615 milhões de euros), suspendendo para já os encontros a nível militar que deveria ter amanhã com os Estados Unidos.
“A nova iniciativa norte-americana de venda de armas a Taiwan, que faz parte integrante da China, constitui uma intervenção chocante nos assuntos internos chineses, coloca gravemente em perigo a segurança nacional da China e prejudica os seus esforços de reunificação pacífica”, disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, He Yafai, num comunicado citado pela AFP.
Em simultâneo, Qian Liha, director do departamento de Negócios Estrangeiros no ministério chinês da Defesa, convocou o adido militar norte-americano em Pequim, segundo a Xinhua (Nova China).
O Pentágono anunciara ontem que os Estados UNidos iriam vender a Taiwan mísseis antimísseis Patriot, navios capazes de detectar minas submarinas e helicópteros Black Hawk.
Pequim já interrompera as suas relações militares com os Estados Unidos, durante mais de um ano, depois de uma anterior entrega de armas norte-americanas ao regime de Taipé, em Outubro de 2008.
Os Estados Unidos reconheceram a China em 1979, deixando de reconhecer Taiwan, mas uma lei votada no mesmo ano pelo Congresso norte-americano autoriza Washington a vender armas defensivas à ilha antigamente conhecida pelo nome de Formosa.
Os comunistas chineses, que em 1949 expulsaram para Taiwan o Governo nacionalista do Kuomitang, consideram que essa ilha rebelde faz parte do todo que é a China e ameaçaram intervir militarmente se acaso ela decidir proclamar a sua independência.
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