sábado, 23 de janeiro de 2010

Americanos aprovam modo como Obama agiu no Haiti.

Apesar da tensão criada internacionalmente, a maioria dos americanos (64%) aprova a forma como o presidente Barack Obama está a lidar com a tragédia causada pelo terramoto do último dia 12, que devastou parte do Haiti. EUA preveem ter 20 mil soldados no Haiti e negam ocupação do país

Os EUA assumiram o controle da logística de ajuda humanitária no país caribenho, para o qual enviaram já 16 mil militares, contingente maior que o da missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas).

Segundo pesquisa do Pew Research Center, até mesmo a maioria dos republicanos (51%) apoiam o esforço liderado por Obama na resolução da crise, contra 195 que desaprovam. Como esperado, o número aumenta entre os independentes (68%) e democratas (76%).

A maioria dos americanos, 58%, diz ainda que o governo está oferecendo a assistência apropriada ao Haiti. Quando separados por filiação partidária, 16% dos republicanos contra 6% dos democratas dizem que Washington fez demais na ajuda ao país caribenho.

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, rejeitou a disputa entre o Brasil e os EUA pelo controle da segurança no Haiti, alimentada pelo facto dos EUA enviarem ao país caribenho cerca de 16 mil militares.

"O Brasil tem suas atribuições na Minustah e elas estão sendo cumpridas", disse Amorim, no fim da cerimônia em homenagem a Costa. "Levantar a discussão sobre disputa de poder Brasil-EUA é mesquinho", completou, acrescentando que o Brasil não disputa a liderança com ninguém.

Doações.
A pesquisa do Pew Research mostra ainda que nos dias seguintes ao terramoto de magnitude 7, 18% dos americanos disseram ter feito uma doação às vítimas ou conhecer alguém que o fez. Outras 30% disseram estar a planear doar. Outros 46% disseram não ter planos de doar às vítimas do tremor que, segundo a ONU, afectou cerca de 3 milhões.

Após o furacão Katrina, que devastou Nova Orleans em 2005, 56% dos americanos disseram ter feito uma doação às vítimas. Depois do tsunami que atingiu a Ásia em 2004, 30% disseram ter doado.

A pesquisa foi realizada entre 14 e 17 de janeiro, com 1.007 pessoas nos EUA.

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