A União Americana das Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) manifestou-se contra a intenção da administração Obama de manter presos por tempo indeterminado 47 das pessoas que estão na prisão da base naval de Guantánamo, embora não existam provas suficientemente boas para os levar a tribunal.
“É preocupante que quando Guantánamo finalmente fechar, algumas das suas políticas mais vergonhosas continuem em território norte-americano", disse o director-executivo da ACLU, Anthony Romero.
A intenção de manter indefinidamente na prisão 47 detidos considerados perigosos para serem libertados, apesar de não haver acusações suficientes para abrir um processo penal, foi noticiada ontem pelo "Washington Post", que citou responsáveis do Governo.
O "Post" adiantou também que dos cerca de 110 detidos que podem ser libertados, 30 iemenitas foram colocados “numa categoria específica”, já que o seu retorno depende da estabilização do país, onde neste momento se está a revelar activa a Al-Qaeda na Península Arábica. O grupo de trabalho que analisou todos os casos recomendou que cerca de 40 sejam levadoa a julgamento.
Na prisão de Guantánamo estão actualmente 196 detidos.
Obama tinha fixado o prazo de 22 de Janeiro de 2010 para encerrar definitivamente a prisão na base americana em Cuba, mas essa intenção só deverá ser concretizada este ano. Uma parte dos detidos deverão ser transferidos para uma prisão no estado do Illinois, mas esta intenção é contestada por membros do Congresso, que não querem presos de Guantánamo em solo norte-americano.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário