A temporada de furacões no oceano Atlântico vai ser mais intensa em 2010, prevê a agência privada de meteorologia americana WSI.
A temporada de furacões no oceano Atlântico vai ser mais intensa em 2010, com treze grandes tempestades e sete furacões previstos pela agência privada de meteorologia americana WSI Corporation.
Destes sete furacões, três serão grandes furacões de categoria 3 ou superior, o que significa que poderão ter um raio de 666 a 888 quilómetros e os seus ventos deverão atingir pelo menos uma velocidade de 178 a 210 quilómetros por hora, com a elevação do nível do mar de 2,6 a 3,8 metros.
A temporada de furacões no Atlântico vai de Junho a Novembro e a WSI prevê que as zonas mais atingidas venham a ser o sudeste dos EUA (Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul).
Em 2009 a actividade da temporada ficou abaixo da média de 1950-2009, com um total de nove grandes tempestades e três furacões, devido aos efeitos indirectos da oscilação climática do El Niño e ao facto de as águas tropicais do Atlântico terem permanecido relativamente frias, segundo a WSI.
O El Niño é um fenómeno que ocorre de quatro em quatro anos e que representa uma fase quente da oscilação natural do sistema climático da Terra, envolvendo o mar e a atmosfera da região tropical do oceano Pacífico.
O seu impacto é global, mas manifesta-se com mais força na América do Sul. Neste momento as temperaturas da superfície do mar naquela região estão cerca de dois graus acima da média.
Menos numerosos mas mais destrutivos.
Entretanto, um estudo publicado recentemente na revista científica americana Science, e baseado num novo modelo climático do Laboratório Geofísico de Dinâmica de Fluidos de Princeton, em New Jersey (EUA), concluiu que até ao final do século o número de furacões vai diminuir cerca de 18%.
Em contrapartida, os mais destrutivos, de categorias 4 e 5, vão duplicar de frequência. Nestas categorias a velocidade dos ventos é superior a 210 quilómetros por hora e o estudo calcula que os danos potenciais aumentem 30% até ao final do século.
Os cientistas daquele laboratório prevêem que o impacto do aquecimento global nos furacões seja sentido nos próximos anos, mas dizem que actualmente ele está mascarado pelas variações naturais da actividade dos ciclones tropicais.
Mas os mesmos cientistas referem na Science que "vários modelos recentes sugerem que a frequência dos ciclones tropicais no Atlântico pode decair à medida que o clima aquecer".
Isto porque quando as temperaturas do oceano sobem, o vapor de água excedente libertado para a atmosfera intensifica as tempestades já existentes mas inibe a formação de novas tempestades.
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