domingo, 17 de janeiro de 2010

Obama: Esta é "uma das maiores operações de socorro" da História dos EUA.

"Neste momento, chefiamos uma das maiores operações de socorro da nossa História, para salvar vidas e levar ajuda que evitará uma catástrofe ainda maior", defendeu Obama.

O sismo no Haiti originou "uma das maiores operações de socorro" na História dos Estados Unidos da América (EUA), declarou hoje o Presidente Barack Obama, ao lado dos seus antecessores George W. Bush e Bill Clinton.

Os dois ex-presidentes dos EUA aceitaram dirigir o "Fundo Clinton-Bush para o Haiti", disse Obama, acrescentando que ambos têm experiência de situações similares e que a união dos dois ex-presidentes nesta causa mostra que "nos momentos difíceis, a América é unida".

Bush e Clinton criaram um sítio na Internet - www.clintonbushhaitifund.org - destinado a angariar donativos para o Haiti.

Recomeçar o país.
"Estamos solidários com o povo do Haiti que tem mostrado uma enorme capacidade de recomeçar e nós vamos ajudá-lo a recomeçar do zero e a reconstruir-se", acrescentou o Presidente rodeado dos seus dois antecessores no "jardim das rosas" da Casa Branca.

"Neste momento, chefiamos uma das maiores operações de socorro da nossa história, para salvar vidas e levar ajuda que evitará uma catástrofe ainda maior", acrescentou Obama, após ter estado reunido durante cerca de meia-hora com os dois ex-presidentes na sala oval.

Obama sublinhou ainda que cabe aos dois ex-presidentes responder a um esforço histórico que ultrapassa o Governo norte-americano, uma vez que os Estados Unidos não têm recurso maior do que a força e a compaixão do seu povo.

Meses e anos para ajudar o Haiti.
O chefe de Estado norte-americano sublinhou que a distribuição de ajuda humanitária no Haiti representa um "desafio enorme" para os salvadores e que a ajuda àquele estado das Caraíbas irá totalizar "meses e anos".

Lembrou ainda que tanto George W. Bush como Bill Clinton têm experiência em situações semelhantes à do Haiti.

Bush, pela ajuda às vítimas do tsunami na Ásia em finais de 2004, que também mobilizou Clinton e o pai de George W. Bush. E Clinton por ter ajudado a restabelecer a democracia no Haiti, supervisionando a intervenção da armada americana neste país em 1994.

"Enquanto enviado especial das Nações Unidas para o Haiti (função que desempenha há cerca de dois anos), compreende de forma íntima as lutas e as necessidades quotidianas dos haitianos", sublinhou Obama.

George W. Bush, que voltou pela primeira vez à Casa Branca desde o fim do seu mandato a 20 de Janeiro de 2009, disse ter ficado com o "coração partido" ao ver as cenas de destruição no Haiti.

Bush pede dinheiro.
"Sei que muitas pessoas querem enviar coberturas e água. Enviem simplesmente dinheiro", frisou.

Por seu turno, Clinton disse estar convicto, tal como estava antes do sismo, de que o Haiti "tem uma muito boa oportunidade de escapar à sua história". Os haitianos podem "construir um futuro melhor se nós fizermos o que devemos", afirmou.

Este ex-Presidente destacou ainda a "resposta extraordinária do Governo dos Estados Unidos", sublinhando que o Haiti necessita de água, alimentos, medicamentos e de albergues para a população.

Mais comida e água está a caminho do Haiti. Hoje à noite devem chegar ao aeroporto perto de 600 000 rações de ajuda humanitária, segundo referiu Tim Callaghan, conselheiro da administração Obama que está a ajudar a supervisionar a operação.

Ontem, chegaram ao Haiti 300 000 litros de água disponibilizados pelos EUA e mais água será enviada pela República Dominicana.

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