domingo, 1 de março de 2009

Só uma moedinha.

Sucesso da década de 50, as Jukeboxes ainda fazem a cabeça de muita gente.

Qual DJ? Para muitos, o interessante mesmo é voltar ao passado com as Jukeboxes e seus empoeirados discos de vinil. Essas máquinas que fizeram a cabeça dos jovens em meados do século passado, voltaram a ser sucesso em bares e restaurantes e são consideradas relíquias nas mãos de coleccionadores.

"O charme está na estrutura antiga", diz o estilista João Baptista Moraes, que trabalhou muitos anos a restaurar Jukeboxes. Ele conta que começou o negócio aos 18 anos por influência do pai de um amigo. “Comprava, reformava e vendia... Hoje, trabalho apenas com pianos automáticos. Mas se uma Jukebox especial cair nas minhas mãos, não posso deixar de aceitar.”, conta João.

Quando questionado sobre qual a jukebox dos seus sonhos, o estilista cita o modelo Wurlitzer 750, comercializado em 1941 e precursor do famoso Wurlitzer 1015 de 1948. Considerado por muitos como o padrão estético universal das Jukeboxes, o modelo 1015 foi criado pelo estilista de renome Paul Max Fuller e serviu (serve) de inspiração para outros fabricantes e seus criativos. A versão original registrava 78 RPM (24 discos de vinil), mas hoje pode ser encontrada com CDs e até mesmo MP3.

Além da empresa Rudolph Wurlitzer Company, outros fabricantes também apostam em alta tecnologia e modernidade. Modelos com iPods embutidos, cds, dvds e acesso à internet, acabam substituindo as peças 'vintage' com discos de vinil. O modelo Crown Jewels da britânica JukeBox45s.com, por exemplo, não tem nada de retro. Feita em aço inoxidável escovado, a Jukebox tem ligação à internet, entrada USB, bluetooth e tela touchscreen. Um HD de 500GB para arquivos em MP3 substitue o vinil.
Na década de 1950, principalmente nos EUA, quase todos os bares ou cafés que se prezassem tinham uma Jukebox com os maiores sucessos do Rock n' Roll, disponíveis por apenas uma moedinha. Não existia DJ's nem alguém responsável por compor a trilha sonora nesses locais, simplesmente qualquer um que estivesse ali poderia escolher uma música e pagar para ouvi-la. “Essas máquinas eram verdadeiros escritórios móveis após a segunda guerra mundial. Mesmo juntando moedas, houve gente que ganhou bastante dinheiro na época.”, comenta João.

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