Letras com conteúdo vulgar podem influenciar a frequência com que os jovens fazem sexo.
Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que adolescentes que escutam música com conteúdo sexual depreciativo têm uma vida sexual mais activa.
A equipe da Universidade de Pittsburgh entrevistou 711 jovens dos 13 aos 18 anos de idade sobre as suas vidas sexuais e hábitos musicais.
Eles perceberam que os que ouviam músicas com versos sobre sexo explícito e agressivo regularmente, cerca de 17h por semana, tinham o dobro das hipóteses de fazer mais sexo do que os que ouviam músicas apenas 2,7h no mesmo período.
Os especialistas classificaram como letras vulgares as que descrevem o sexo como um acto puramente físico e relacionado a relações de poder, diz o estudo divulgado na publicação especializada “American Journal of Preventive Medicine“. (…)
Os pesquisadores recusaram-se, no entanto, a nomear as canções que consideraram depreciativas, dizendo apenas que 64% das canções de Hip-Hop analizadas eram sexualmente desprezíveis, comparado com os apenas 7% de musicas Country e 3% de canções Pop.
O coordenador da pesquisa, Brian Primack, disse que apesar de a pesquisa ter encontrado um elo entre música e sexo, “é difícil afirmar que canções de sexo contribuam directamente para que os jovens façam sexo mais cedo”.
“Eu acredito, no entanto, que os pais devam considerar os resultados. É tentador dizer que música é só ‘coisa de jovem’”.
“Eu não digo que os pais devam tentar banir este tipo de música. Isso não vai ajudar. Mas devem falar com os seus filhos sobre sexo e colocar este tipo de música no contexto correcto”, completou.
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