Eram 9h30 TMG (mesma hora em Lisboa) quando a brilhante metrópole começou a ficar salpicada de pontos escuros. Um dos primeiros foi a ópera, ex-libris da cidade, outro a ponte sobre a baía, que de repente deixou de cintilar.
Foi só o começo. À medida que o mundo rodou, e a noite foi descendo, centenas de cidades, de uma lista de 3929, de 90 países, incluindo este ano também a África do Sul, foram fazendo o mesmo. E além delas muitos monumentos, entre 371 voluntários, entre eles a Acrópole, as pirâmides Gizé, a Torre Eiffel, entre muitas outras.
Em Hong Kong, centenas de edifícios desligaram as luzes. Nos Emirados Árabes Unidos, um dos maiores consumidores de energia do mundo, vários fizeram o mesmo. E no Egipto. E na Grécia.
Alpinistas tinham previsto colocar no pico do Everest, a 8000 metros de altitude, uma bandeira a assinalar o apagão deste ano, o terceiro desde que as associações ecologistas francesas da Aliança pelo Planeta lançaram a ideia, no dia 1 de Fevereiro de 2007.
Muitos edifícios e monumentos de Nova Iorque preparavam-se à noite para entrar na escuridão, como o Empire State ou o da Chrysler, ou a ponte de Brooklin. E a seguir a ela cidades como Washington, Chicago ou Los Angeles, que vivem das luzes, ou Dallas, ou Miami.
Mil milhões de pessoas de todo o mundo estavam convidadas pela organização ambientalista WWF para desligarem as luzes num gesto simbólico, a nove meses da cimeira de Copenhaga sobre o aquecimento climático. Cinco graus a mais na temperatura do planeta são os suficientes para acelerar dramaticamente o desaparecimento dos gelos dos pólos, dizem os cientistas. E isso, dizem os técnicos, mexerá demasiado com o planeta tal como o conhecemos.

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