Numa campanha de "purificação da Internet", as autoridades chinesas oferecem mil euros a quem denunciar sites pornográficos. Mais de 5000 pessoas foram detidas na China em 2009 no âmbito de uma campanha contra a pornografia na Internet, anunciou o ministério da Segurança Pública, prometendo para este ano uma repressão acrescida.
No ano passado, 5.394 pessoas foram interpeladas no quadro desta política e nove mil sites foram encerrados, segundo números divulgados sexta-feira pelo ministério.
As autoridades chinesas não esclarecem se todas as pessoas detidas foram sujeitas a processo judicial, mas indicam que em 2010 serão "reforçadas as sanções contra os operadores Internet que violem a lei".
Para além dos conteúdos políticos, foi também dada caça à divulgação de pornografia e de cenas de violência na Internet, frequentada por 338 milhões de pessoas, a maior população de internautas no mundo.
No mês passado, as autoridades ofereciam 10 mil yuans (cerca de mil euros) a quem denunciasse "sites" pornográficos.
"A purificação da Internet e a repressão dos delitos a ela ligados é da competência da segurança de Estado a longo prazo", informou o ministério.
No início do ano passado, Pequim ameaçou censurar os grandes motores de pesquisa como o Google (Estados Unidos) ou o chinês Baidu, acusando-os de não filtrarem os conteúdos pornográficos.
A China também bloqueou diversas redes sociais como o Facebook ou o Twitter, que são acessíveis no seu vasto território apenas através de servidores "proxy".
Com dezenas de milhares de "polícias da net", o regime chinês pretende impedir que os críticos divulguem conteúdos.
A China, no início da semana, restabeleceu um acesso muito limitado à Internet na região de Xinjiang, que fora bloqueado após os violentos motins inter-étnicos de Julho.
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