Uma maré baixa excepcional causada pela lua cheia, assim como o degelo, terão permitido aos exploradores australianos recuperarem alguns pedaços da fuselagem de um avião construído em 1911. Exploradores australianos descobriram a fuselagem de um avião, um dos primeiros a voar pelo mundo, enterrado nos glaciares da Antárctica desde 1912.
A descoberta foi anunciada pelos próprios exploradores, que adiantaram que o aparelho foi fabricado pela empresa britânica Vickers, oito anos depois do primeiro voo realizado pelos irmãos Wright (em 17 de Dezembro de 1903), considerados até aos dias de hoje como sendo os pioneiros da aviação.
Segundo os autores da descoberta, o avião terá sido levado para a Antárctica pelo explorador australiano Douglas Mawson, onde chegou em 1912. Nessa ano, na sequência de um acidente aéreo, a aeronave terá ficado fortemente danificada, nomeadamente sem asas, tendo a estrutura sido utilizada pelo aviador como um trenó.
Oportunidade única.
"A aeronave não estava muito bem tratada, mas ainda tinha o motor", relatou o explorador australiano David Jensen, acrescentando que a excepcional maré baixa causada pela lua cheia, assim como o degelo, terão sido os factores que contribuíram para que os investigadores descobrissem a carcaça do aparelho, precisamente no primeiro dia do ano.
"A junção de todas estas condições constituíram uma oportunidade num milhão para descobrir o avião", realçou ainda o explorador, adiantando que um dos carpinteiros da Fundação Mawson "tinha decidido dar uma volta em torno do porto", quando descobriu o metal da fuselagem entre as rochas.
A descoberta gerou manifestações de entusiasmo entre a equipa de exploradores, que tencionam recuperar todos os pedaços da fuselagem e, depois, transportá-los para a Austrália no final de Janeiro.
Entretanto, três equipas de especialistas da Fundação Mawson Huts submeteram a carcaça do avião a vários testes.
A fuselagem do avião tinha sido vista pela última vez em 1975, em Cabo Denison estando, naquela altura, completamente presa no gelo.
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