A Organização Mundial da Saúde aponta sequelas “incapacitantes” derivadas da estavudina. Uma nova orientação representa uma alteração radical de directrizes.
Os países devem abandonar gradualmente o uso do medicamento estavudina, o mais comum na luta contra a Sida, por causa de seus efeitos colaterais "duradouros e irreversíveis", disse hoje a a Organização Mundial da Saúde.
Numa profunda alteração das suas directrizes, a OMS recomendou também que vítimas do HIV, inclusive grávidas, comecem a tomar os medicamentos antes, a fim de terem uma vida mais longa e saudável. Pela primeira vez, a agência da ONU orienta as soropositivas e seus bebés a usarem as drogas na fase da amamentação, para evitar a chamada transmissão vertical do vírus da Sida.
A estavudina, também conhecida como d4T, é comercializada pelo laboratório norte-americano Bristol-Myers-Squibb sob o nome de Zerit. Os laboratórios indianos Cipla, Aurobindo Pharma e Strides Arcolab oferecem versões genéricas.
Amplamente disponível nos países em desenvolvimento, a estavudina é uma terapia de primeira linha, relativamente barata e fácil de usar, segundo a OMS. Mas gera distúrbios neurológicos, além de perda de gordura corporal, sequelas que a OMS considerou "incapacitantes e desfigurantes".
Por isso, a agência recomendou aos países que gradualmente substituam a estavudina por alternativas menos tóxicas e "igualmente eficazes", como zidovudina (AZT) ou tenofovir (TDF).
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