Três dias depois do que poderia ter sido o primeiro grande atentado em solo americano desde que chegou à Casa Branca, Barack Obama quebrou ontem o silêncio, prometendo “manter a pressão” sobre todos os que tentam atacar os Estados Unidos. Listou ainda as medidas já adoptadas para reforçar a segurança da aviação.
“Não vamos descansar até que todos os envolvidos [no ataque] sejam encontrados e responsabilizados”, garantiu. Apesar de admitir “ainda não ter todas as respostas” sobre aquela acção, Obama apontou claramente o dedo à Al-Qaeda, ao avisar que “usará todos os meios” ao seu alcance para derrotar os extremistas violentos, “seja no Afeganistão, no Paquistão, no Iémen ou na Somália”.
Dirigentes republicanos tinham já criticado o silêncio do Presidente, de férias com a família no Havai, mesmo depois de a Casa Branca ter alertado contra a “politização” da segurança nacional, que a oposição considera demasiado laxista.
Ontem, Obama explicou que, logo após ser informado da tentativa de ataque, ordenou um reforço imediato das medidas de segurança, incluindo a colocação de agentes federais armados em todos os voos. Disse também ter pedido a revisão dos procedimentos de segurança existentes, a começar pelo cruzamento da lista de pessoas suspeitas de ligações a grupos terroristas (terror watch list) com a de pessoas proibidas de viajar para os EUA (no-flight list).
A secretária de Segurança Interna americana, Janet Napolitano, admitiu, pela primeira vez, que ouve falhas no cumprimento das regras de segurança criadas após os atentados de 2001. Só assim, disse, se explica que Abdul Mutallab tenha conseguido visto para os EUA e embarcado no avião, apesar de integrar a primeira daquelas listas — um alerta que terá partido da própria família do jovem, preocupada com a falta de contacto desde que ele viajara para o Iémen.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário