Tal como era esperado, o Senado norte-americano aprovou o pacote legislativo de reforma do sistema de saúde proposto pelo Presidente Barack Obama, com 60 votos a favor e 39 contra.
Este resultado abre caminho a negociações com a Câmara dos Representantes, que aprovou uma proposta semelhante no mês passado, com 220 votos a favor e 215 contra.
O texto submetido e aprovado hoje pelo Senado será uniformizado, em 2010, com o que a Câmara dos Representantes aprovou em Novembro.
Esta versão inclui um plano de seguro garantido pelo Estado - a "opção pública" - que não está contemplado no texto do Senado, onde tinha a oposição até de muitos democratas.
A proposta de lei regressa às duas câmaras para votação antes de ser enviada a Obama.
Ontem, num gesto de conciliação, as facções mais liberais da maioria democrata na Câmara dos Representantes sinalizaram estar receptivas a deixar cair a "opção pública" em troca de outras concessões, como que o grosso das reformas entre em vigor em 2013, um ano antes do previsto no texto do Senado.
Obama sempre preferiu a "opção pública" e reconheceu que não está "tudo o que queria" naquelas propostas. Mas insistiu que "não foram feitas cedências significativas nos elementos cruciais que visam ajudar o povo americano". O pacote "tem o necessário para reduzir os custos para as empresas, para as famílias e para o Governo", afirmou na entrevista concedida ao "Washington Post" na Sala Oval. "Todos os critérios de reforma que propus estão na lei", insistiu.
A ambiciosa reforma do sistema de saúde, visando estender a actual cobertura a mais de 30 milhões de pessoas desprovidas de seguro, tem dominado a agenda de política interna de Obama - com muitos analistas a assinalá-la como um pilar do legado que deixará. O Presidente fez questão de sublinhar, porém, que "o mais importante" que a sua Administração fez neste primeiro ano foi "garantir que o sistema financeiro não ruía".
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