segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Roman Polanski, detido na Suíça, aguarda extradição para os EUA.

As autoridades suíças aguardam um "pedido oficial" dos Estados Unidos para "extraditar" o cineasta Roman Polanski, detido sábado à noite à chegada à Suíça, segundo um porta-voz do Ministério da Justiça helvético.

A ministra da Justiça suíça, Eveline Widmer-Schlumpf, afirmou este domingo que, devido a uma ordem internacional de captura assinada em 2005, e aos acordos de extradição firmados com Washington, a Suíça não tinha outra opção excepto deter Roman Polanski.

"Num Estado de direito não se podem fazer distinções. Seria incompreensível que uma pessoa que se encontra à margem da lei beneficie de um tratamento específico", afirmou Widmer-Schlumpf.

Polanski foi retido sábado em Zurique e encontra-se detido, enquanto aguarda a extradição.

Este caso começou em 1977, quando os pais de uma adolescente de 13 anos interpuseram uma queixa contra Polanski, acusando-o de drogar e violar a jovem, que era modelo.

O cineasta declarou-se culpado de manter "relações sexuais ilegais", tendo recebido ordem de detenção por três meses, mas apenas cumpriu 47 dias.

No final de 1978, dias depois de uma reunião entre os seus advogados e um juiz que tinha dado a entender que queria voltar a colocá-lo na prisão, Polanski, que gozava liberdade condicional sob fiança, apanhou um avião para a Europa e nunca mais voltou aos Estados Unidos.

Mas este sábado, Polanski, 76 anos, foi detido pelas autoridades suíças no aeroporto de Zurique, onde chegou para receber um prémio do Festival de Cinema.

O Prémio de Honra pela obra com o qual o Festival de Cinema de Zurique ia homenagear Polanski será entregue numa data ainda por determinar, de acordo com a organização do evento.

Polanski realizou, entre outros, "A semente do Diabo" (1968), "Chinatown" (1974), "Tess" (1979), "O Pianista" (2002) e "Oliver Twist" (2005).

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