Se pensa que omitir a sua orientação sexual em sites como o Facebook é suficiente para mantê-la secreta está enganado. Saiba porquê.
Dois estudantes do conceituado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, desenvolveram um programa de computador que determina a orientação sexual de qualquer pessoa com base nos seus amigos, noticiou o "The Boston Globe ".
O projecto "Gaydar", que nasceu em 2007 como um trabalho de fim de semestre na disciplina de Ética e Direito na Fronteira Electrónica, propunha-se descobrir aquilo que os internautas escondem das redes sociais, com base naquilo que é público e notório, como por exemplo a sua lista de amigos.
Desenvolvendo um software que recolhe informação sobre o género e a orientação sexual declarada pelos amigos de qualquer utilizador do Facebook, a rede que já conta com 300 milhões de utilizadores regulares segundo o seu fundador, Mark Zuckerberg, os estudantes conseguiam prever as preferências sexuais de quem não as tinha revelado.
Impossibilitados de verificar no mundo real, a orientação sexual dos 1.500 alunos do MIT analisados recorrendo ao "Gaydar", os estudantes verificaram que pelo menos em relação a dez estudantes que conheciam pessoalmente, os resultados estavam correctos no caso dos homossexuais masculinos, mas revelaram-se errados no caso das lésbicas e bissexuais.
Confrontado com estes resultados, o professor de ciências computacionais, Hal Abelson, que ministra esta disciplina, ficou estupefacto: "Não temos qualquer controlo sobre a nossa informação".
Projectos como o "Gaydar" levantam, efectivamente, novas e fundadas dúvidas sobre a privacidade online.
Por mais discreto que seja um internauta, este estudo mostra que a análise estatística das preferências sexuais declaradas pelos seus amigos, foram mais do que suficientes para revelar as suas próprias opções.
Para o porta-voz do Facebook, Simon Axten, "não é assim tão surpreendente que alguém possa descobrir algo sobre outrem sem conhecê-lo pessoalmente, tendo em conta, unicamente, quem são os seus amigos".
"Não acontece apenas no Facebook e é completamente normal no mundo real", rematou.
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