domingo, 20 de setembro de 2009

Fome ameaça mais de mil milhões em 2009.

Segundo as Nações Unidas, pela primeira vez na história, a fome afectará no final de 2009 cerca de 1.020 milhões de pessoas.

A crise financeira mundial e o aumento generalizado dos preços dos alimentos são as causas avançadas pela ONU para explicar o aumento repentino do número de pessoas que passam fome. Josette Sheeran, responsável do Programa Mundial de Alimentos, admite que "este ano há no mundo mais pessoas esfomeadas do que nunca".

O que é preocupante é o facto do orçamento do Programa Mundial de Alimentos ser o mais baixo dos últimos 20 anos. De acordo com a ONU, apenas 1% das verbas que foram injectadas nos bancos seriam suficientes para reduzir muito substancialmente esta catástrofe.

O número de pessoas com fome tem vinda a aumentar desde 2006, com 873 milhões, e em 2008 foram registados 915 milhões. Para o final deste ano prevê-se que o valor suba para cerca de 1.020 milhões.

Ao contrário da fome, que tem vindo a aumentar, as verbas da ONU para combater o flagelo foram cortadas em quase dois terços. A verba prevista para este ano daria apenas para alimentar 108 milhões de pessoas em 74 países. Dos 6.700 milhões de dólares previstos, o Programa Nacional de Alimentos recebeu, dos vários países, contribuições que somam apenas 2.600 milhões de dólares. Esta diminuição do orçamento conduziu ao corte de programas de ajuda na Guatemala, no Kenya e no Bangladesh.

Os números podem ser analisados em www.wfp.org/photos/gallery/hunger-graphs.

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