A velocidade a que a informação chega e é actualizada em ferramentas como o Twitter pode adormecer o nosso sentido de moralidade e tornar-nos indiferentes aos sofrimento humanos. A conclusão é de um grupo de cientistas.
O que os cientistas dizem é que o cérebro não tem capacidade para digerir a informação à velocidade que ela nos chega através de ferramentas como o Twitter, a rede que convida cada um a dizer o que está a fazer num máximo de 140 caracteres (menos de metade deste parágrafo), e que tem sido adoptada pelos media (como é o caso da VISÃO ).
Um estudo da Universidade da Califórnia, citado pela CNN, conclui que essa diferença de velocidades - entre a informação e a sua assimilação - pode afectar o desenvolvimento emocional dos jovens. A teoria é a de que antes de o cérebro seja capaz de digerir a angústia e o sofrimento de determinada notícia, já está a ser bombardeado com a próxima informação.
"Se tudo se está a passar depressa demais, podemos não chegar a conseguir experimentar emoções sobre o estado psicológico dos outros e isso terá implicações na nossa moralidade", defende a investigadora Mary Helen Immordino-Yang.
Para a pesquisa, os cientistas analisaram a forma como um grupo de voluntários respondeu a histórias da vida real escolhidas especialmente para estimular os sentimentos de admiração por uma virtude ou habilidade e compaixão por uma dor moral ou física.
O grau de emoção foi verificado através de uma série de entrevistas antes e depois da captação de imagens do cérebro. Estas mostraram que os voluntários necessitaram de seis a oito segundos para reagir plenamente às histórias sobre a virtude ou sofrimento moral. Contudo, uma vez despertada esta emoção, a resposta durou muito mais do que as reacções suscitadas pelas histórias que se centraram na dor física.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário