A taxa de natalidade está a baixar cada vez mais na Alemanha, apesar dos esforços redobrados do governo. Segundo os últimos números, a continuar esta tendência, o futuro será preocupante para os germânicos.
O envelhecimento da população europeia nos últimos anos é um fenómeno conhecido e que preocupa os governos da UE. Na Alemanha , o esforço para inverter a tendência e incentivar a natalidade está a ser cada vez maior.
Mesmo assim, os alemães fazem cada vez menos filhos, e a percentagem de nascimentos diminui nas classes mais instruídas da população. Segundo os números publicados esta semana, 34% das mulheres alemãs dos 35 aos 49 anos que possuem um mestrado não têm filhos, e somente 32% de entre elas têm dois. No outro extremo, 26% das mulheres sem licenciatura têm três ou mais filhos. Os especialistas crêem que isso fará aumentar o número de crianças pobres.
A instauração da licença parental em 2007 deve fazer inverter a tendência, permitindo aos pais receber 80% do salário - até 1800 euros mensais - para ficar em casa nos 14 meses após o nascimento dos filhos.
Este programa foi sobretudo utilizado pelas famílias de rendimentos mais modestos, segundo as estatísticas. Cerca de 50% dos beneficiários inserem-se no escalão que recebe no mínimo 300 euros por mês, enquanto somente 6,8% dos novos pais se enquadram no máximo permitido, entre os 1500 e os 1800 euros mensais.
Apesar de tudo, a ministra da Família, Ursula von der Leyen, impulsionadora da licença parental, acredita no seu programa. "Estou tranquila, porque [esta política] é boa. Na próxima legislatura, iremos prorrogar a duração da licença parental. E baixar os impostos das famílias, para que os pais tenham mais dinheiro para os filhos", afirma Ursula, médica e mãe de sete filhos.
Menos nascimentos em 2008.
Num país em que muitos só terminam os estudos universitários perto dos 30 anos, as mulheres adiam a natalidade para dar prioridade ao mundo profissional. O tempo para ser mãe é cada vez menor.
Mesmo com um 2007 excepcional nos índices de natalidade, devido à licença parental, os 675 mil nascimentos em 2008 significam uma diminuição de 1,1% relativamente ao ano anterior. Segundo as projecções demográficas, a França deverá mesmo ultrapassar a Alemanha e tornar-se no país mais populoso da Europa em 2050, enquanto os germânicos poderão desaparecer em apenas doze gerações.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Povo alemão condenado à extinção em 12 gerações?
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