quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A homossexualidade «não é normal», diz cardeal.



Além de renovar o apelo à «cautela» para as portuguesas que decidam casar com muçulmanos, D. José Saraiva Martins considera que a homossexualidade «não é normal».
O cardeal D. José Saraiva Martins afirmou terça-feira à noite, na Figueira da Foz, que o casamento entre homossexuais não providencia uma educação normal a crianças a quem falta um pai e uma mãe. «Quando se juntam dois homossexuais, eles ou elas, se há crianças, evidentemente, aquela união, aquele casamento, não pode providenciar a formação das crianças», argumentou.

«Porque uma criança para ser formada normalmente precisa de um pai e de uma mãe. E não de dois pais ou de duas mães», acrescentou D. José Saraiva Martins, durante a tertúlia «125 minutos com Fátima Campos Ferreira», no Casino local.

D. José Saraiva Martins, Prefeito Emérito da Congregação para as Causas dos Santos e um dos dois cardeais portugueses com assento no Vaticano, onde reside há mais de 50 anos, argumentou que o pai e a mãe «são diferentes, têm diferentes qualidades, completam-se mutuamente de uma maneira maravilhosa». «A educação daquelas crianças não pode ser uma formação normal se não forem formadas por um pai e uma mãe. Não por dois pais ou duas mães», reafirmou o cardeal, arrancando aplausos da assistência.

Momentos antes, o cardeal tinha considerado que a homossexualidade «não é normal». «Não é normal no sentido de que a Bíblia diz que quando Deus criou o ser humano, criou o homem e a mulher. É o texto literal da Bíblia, portanto esse é o princípio sempre professado pela igreja», defendeu.

Os casamentos com muçulmanos... outra vez

Ao abordar a questão do casamento entre mulheres católicas e muçulmanos, D. José Saraiva Martins aconselhou às jovens «muita cautela e prudência», manifestando-se «totalmente de acordo» com idêntico aviso feito há um mês pelo Cardeal Patriarca de Lisboa. «Estou de acordo que é preciso muita cautela e muita prudência. Estou totalmente de acordo», disse.

No mesmo palco, a 13 de Janeiro, D. José Policarpo tinha alertado as jovens portuguesas para o «monte de sarilhos» que representa o casamento com muçulmanos: «Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam.»

«É absolutamente necessário que antes de uma senhora casar com um muçulmano, tenha a certeza de que vai poder continuar depois do matrimónio a professar a sua fé cristã», disse o cardeal Saraiva Martins. «Tenha a certeza de que vai poder decidir o tipo de educação a dar aos próprios filhos», acrescentou, defendendo que as mulheres «não casem com muçulmanos» enquanto não tiverem essas certezas.

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