Especialistas em ciência polar reunidos em Chicago calculam que a temperatura na região poderá aumentar até 7ºC, em meados do século, devido ao aquecimento global.
O Ártico tal como é conhecido hoje vai deixar de existir dentro de duas décadas, devido ao aquecimento global que pode fazer aumentar a temperatura na região até 7ºC até meados deste século, segundo especialistas citados pela Folha de S. Paulo.
Segundo o jornal, "o atestado de óbito do Ártico está assinado", observando-se já todos os anos uma reacção em cadeia, que de acordo com especialistas em ciência polar reunidos em Chicago, EUA, não deverá tratar-se de "um mero ciclo passageiro".
"Teremos um Verão sem gelo no Ártico em 2030 ou antes disso", calculou um especialista da Universidade de Colorado, que falava no âmbito da 175ª Reunião Anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
O especialista referiu que "com menos gelo, a preocupação com uma certa ocupação da região ártica também deve aumentar", prevendo ainda que "pode aumentar não apenas a navegação em toda a área, como a exploração de petróleo".
"Todo cuidado é importante, porque o Ártico está mais quente em todas as estações do ano, não apenas no Verão. Já temos problema de erosão costeira em algumas zonas. Sem gelo, o vento movimenta mais a água", disse o cientista.
Para o especialista, acrescenta a Folha de S. Paulo, a mudança de comportamento registada em todo o Ártico é "tão crítica, que o ciclo de carbono também pode ser drasticamente alterado", pois com o calor, a tendência é para que toda a matéria orgânica congelada no solo do Ártico liberte carbono para a atmosfera, acrescentou outro cientista.O Ártico está mais quente em todas as estações do ano, não apenas no Verão
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