Estudo da " Nature " reforça a tese de que Enceladus, uma das luas de Saturno, tem condições para o desenvolvimento de vida.
A vida tem todas as condições para existir no oceano de água salgada que provavelmente existe debaixo da calote de gelo do pólo sul da sexta maior lua de Saturno, Enceladus, segundo um estudo publicado hoje na revista britânica " Nature ".
Os cientistas Nikolai Brillianton, da Universidade de Leicester (Reino Unido) e Juergen Schmidt, da Universidade de Potsdam (Alemanha), defendem que uma coluna de gases, vapor de água e partículas de gelo que é expelida de forma violenta do satélite de Saturno, tem origem num oceano subterrâneo de água salgada, porque detectaram sais de sódio no material recolhido pela sonda espacial Cassini em 2005.
John Spencer, cientista da missão da Cassini, que continua em órbita à volta de Saturno, reconheceu, em declarações à BBC que "estão presentes em Enceladus os três principais ingredientes necessários à vida: os elementos químicos básicos, uma fonte de energia e agora água". Em Abril de 2006, um dos principais cientistas desta missão, Bob Brown, já admitira o mesmo, ao afirmar numa conferência em Viena, Áustria, que Enceladus "deverá possui moléculas orgânicas simples, água e calor, os ingredientes da vida".
No Sistema Solar, na órbita de Júpiter, as luas Europa e Ganimedes também terão oceanos de água em estado líquido debaixo das suas calotes geladas, embora a vários quilómetros de profundidade. Em contrapartida, o oceano de Enceladus estará a poucos metros da superfície deste satélite, que tem um diâmetro de 505 km, isto é, 1/7 do diâmetro da nossa Lua.
Em todo o caso, a "Nature" publica também outro estudo da Universidade do Colorado, EUA, que não encontrou quaisquer sinais de sódio nas erupções tipo géiser de Enceladus, onde os jactos de vapor de água e partículas podem atingir mais de cem metros de altura.
Descoberto novo anel de Saturno.
Entretanto, cientistas da NASA descobriram através do telescópio espacial Spitzer o maior anel de Saturno, que não é visível da Terra. O gigantesco anel está cerca de 50 vezes mais distante do planeta gasoso do que os outros anéis e tem uma órbita num plano diferente, sendo provavelmente constituído por fragmentos de uma das luas de Saturno, Phoebe, resultantes de impactos de cometas e asteróides na sua superfície ao longo da sua história geológica.
O anel de gelo e poeiras mais visível de Saturno é o anel E, constituído pelas partículas das erupções de Enceladus que conseguem escapar à gravidade deste pequeno satélite. O vasto sistema de anéis de Saturno tem inclusive, uma atmosfera própria constituída principalmente por oxigénio molecular (O2), que foi descoberta pela sonda Cassini em 2005.
A atmosfera está totalmente separada da atmosfera de Saturno e é semelhante às de Europa e Ganimedes, duas das quatro grandes luas do maior planeta gasoso do Sistema Solar, Júpiter.
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