Convenção da ONU. O presidente-executivo da convenção sobre o clima da ONU, Yvo de Boer, disse que os países ricos precisarão de pelo menos 10 mil milhões de dólares para ajudar os países em desenvolvimento a preparar planos nacionais para limitar as emissões de carbono e se adaptarem às mudanças climáticas.
Em entrevista ao programa à BBC, Boer afirmou que essa quantia "deverá ser colocada sobre a mesa" durante a conferência sobre o clima em Copenhaga, em Dezembro, para garantir o sucesso da reunião.
De acordo com o presidente-executivo, o peso dos custos com as mudanças climáticas deve ser dividido e o dinheiro ajudaria os países em desenvolvimento.
A quantia, contudo, é "apenas do começo". Além de dinheiro para ajudar no combate às mudanças climáticas nos países mais pobres, Boer afirma que existem ainda duas questões que precisarão ser respondidas até o final da reunião.
Segundo o presidente-executivo, as nações mais ricas precisam de adoptar metas para reduzir de maneira significativa as emissões de gases até 2020.
Boer não quis referir uma taxa para a redução, mas disse que algo entre 25% e 40% já seria um bom objectivo, mas reforçou que seria uma meta difícil de ser atingida.
Além das acções dos países ricos, Boer afirmou ainda que países emergentes como Índia, Brasil e China não podem "manter as tendências atuais" e devem apresentar planos para cortar as emissões.
"Se naquele pedaço de papel, China, Brasil, Índia e outros países emergentes oferecerem acções nacionais, que reduzam de maneira significativa as tendências actuais de emissões, isso para mim seria um sucesso", disse Boer.
De acordo com o responsável da ONU, caso a reunião de Copenhague não chegue a um acordo para solucionar estes problemas, o encontro será um fracasso.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
10 mil milhões de dólares para mudanças climáticas.
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