Pesquisa realizada pela Universidade de Stanford revela que o smartphone da Apple pode causar dependência.
Uma pesquisa coordenada por uma antropóloga norte-americana confirma o que muita gente suspeitava. A crer nas conclusões dos investigadores da Universidade de Stanford , Califórnia, EUA, pelo menos 44% dos utilizadores do iPhone ficam dependentes deste smartphone.
Foram entrevistados 200 estudantes. 70% por cento tinham o smartphone da Apple há menos de um ano. Muitos estudantes não hesitaram em admitir que se sentiriam "perdidos" se ficassem sem o seu telemóvel.
Cerca de 41% disseram que perder o iPhone seria mesmo "uma tragédia".
Nova dependência.
Uma das primeiras coisas que as pessoas fazem pela manhã, ao acordar, é ir à casa-de-banho, escovar os dentes e tomar o duche. Mas esses hábitos estão a mudar: há quem consulte primeiro o telemóvel.
Cerca de 85% dos proprietários de iPhone utilizam-no como relógio, e 89% como despertador.
Quando solicitados a avaliar o nível de dependência, numa escala de um a cinco (nível máximo), 10% dos entrevistados admitiram total dependência do iPhone, 34% autoavaliaram-se na escala 4, e apenas 6% disseram que não se sentiam dependentes.
Curioso é que dos que não se consideravam totalmente depentes, 32% mostraram-se preocupados de o virem a ser um dia.
Entre os aspectos positivos, mais de 70% dos entrevistados apontaram que o iPhone os deixaram mais organizados, e 54% afirmaram os deixou mais produtivos.
Extensão do corpo.
A pesquisa revela também que 75% dos entrevistados admitiram que dormem com o iPhone na cama, e 69% disseram que era mais fácil perder a carteira do que o telemóvel.
De acordo com a pesquisa, 15% classificaram o iPhone com uma maneira de se tornar viciado em media; 30% denominaram-no "uma porta para o mundo" e 25% disseram que o telemóvel da Apple era "perigosamente encantador".
Apesar dos resultados da pesquisa, a antropóloga Tanya Luhrmann, hesita em ver a dependência do iPhone como uma doença.
"Acho que eles (os entrevistados) gostam realmente dos seus iPhones", disse a coordenadora do estudo, admitindo, porém, que para muitos é quase como se os telemóveis fossem uma extensão do corpo.
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