O Presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu hoje, na academia militar de West Point, uma "nova ordem internacional", como parte da estratégia de segurança que será oficialmente lançada na próxima semana.
No discurso de Obama transpareceu a fé do Presidente norte-americano nas instituições globais, o papel da América como promotor de valores democráticos no mundo, e o seu empenho num diálogo com o mundo muçulmano. Os Estados Unidos, sublinhou, não podem fazer tudo sozinhos. “Os fardos deste século não podem ser carregados apenas pelos nossos soldados”, disse.
“Procuramos uma ordem internacional que possa ajudar a resolver os desafios do nosso tempo”, disse Obama no discurso preparado, citado pelo diário “Washington Post”. “Contrariar o extremismo violento e a insurreição, travar a proliferação de armas nucleares e assegurar a segurança dos materiais nucleares, combater as alterações climáticas e sustentar o crescimento global, ajudando países a alimentar-se e a cuidar dos seus idosos, prevenindo conflitos e sarando as suas feridas”.
A cooperação internacional pode ter as suas dificuldades, reconheceu o Presidente. “Sim, temos noção das limitações do nosso sistema internacional. Mas a América não teve sucesso quando se afastou das correntes da cooperação internacional”, afirmou, citado pelo “New York Times”. “Tivemos sucesso quando navegámos as correntes em direcção à liberdade e à justiça – para que as nações se esforcem por cumprir as suas responsabilidades, e sofram consequências quando não o fazem”.
O discurso foi apresentado como uma antecipação da estratégia de segurança nacional que cada Presidente tem obrigatoriamente de apresentar e onde se espera que Obama faça o corte definitivo com a ideia da “guerra preventiva” que foi a marca do seu antecessor, George W. Bush. Mas Obama não deu sinais em relação a isso no seu discurso de West Point.
Apesar de tudo, o Presidente referiu-se a uma das guerras que os EUA continuam a travar sob o seu comando: a ofensiva no Afeganistão é necessária porque naquele país “até hoje continua a haver planos” para ataques aos EUA.
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