Xangai é a partir de hoje o centro do mundo com a abertura da Exposição Universal 2010, dedicada ao tema Melhor Cidade, Melhor Vida.
O próprio projecto da implementação da Expo 2010 no bairro de Pudong passou aliás, segundo frisou a organização, pelo desenvolvimento de um projecto-piloto que servisse de “exemplo duradouro da vida urbana sustentável e harmoniosa”. E os pavilhões construídos por todo o recinto reforçam o conceito-base da grande exposição: como os temáticos Pavilhão Urbano, Pavilhão Estar na Cidade, Pavilhão Planeta Urbano, Pavilhão Pegada Ambiental e Pavilhão do Futuro.
Entre os 192 países esperados, a sustentabilidade e inovação tecnológica andam de braços dados. Como é o caso de Portugal, que marca presença num pavilhão de dois mil metros quadrados, projectado pelo arquitecto português radicado em Macau Carlos Macedo e Couto. O espaço pretende ser um hino à sustentabilidade ambiental e energética e, para tal, toda a fachada foi revestida a cortiça, fazendo logo numa primeira abordagem alusão a três ideias que no seu interior serão desenvolvidas: nacional, reciclável, ecológico. Além disso, a intervenção portuguesa em Xangai assume-se como Carbono Zero, isto é, todas as emissões de CO2 (1200 toneladas, segundo estimativa da certifi cada E-Value) serão compensadas com acções de reflorestação na zona do Alqueva, após o estabelecimento de uma parceria com a EDIA — Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva.
Mas esta não é a única presença lusa: a TTT (Torre Turística Transportável), do arquitecto José Pequeno com tecnologia e desenvolvimento portugueses, pode ser visitada na área dedicada às melhores práticas ambientais de arquitectura e soluções urbanas (Urban Best Practices Area).
A Expo Xangai espraia-se por 528 hectares (o dobro da “nossa” Expo’98), e espera receber a visita de mais de 70 milhões de pessoas até 31 de Outubro — Lisboa recebeu durante a Expo dos Oceanos cerca de 12 milhões —, sendo que apenas estão equacionados cinco por cento de visitas estrangeiras.
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