Era a sua primeira visita a Portugal, e, em quatro dias, o Papa percorreu o País, de Braga a Coimbra, de Lisboa a Vila Viçosa. A viagem, rodeada, como se percebe, de uma grande emoção, arrastou multidões como nunca se havia visto - só em Lisboa, na cerimónia no Parque Eduardo VII, compareceram quase meio milhão de jovens.
Mas o que marcaria a passagem por Portugal estava ainda por acontecer, na noite da procissão das velas, em Fátima. E só não foi trágico porque a acção da Polícia portuguesa se revelou extremamente eficaz, evitando que os acontecimentos de 13 de Maio do ano anterior se repetissem.
O padre integrista espanhol, Juan Fernandez Maria Khron, de 32 anos, vindo de Paris, tinha o objectivo claro de matar João Paulo II. Com trajes de sacerdote, Khron rondou a comitiva papal empunhado uma baioneta com mais de 30 centímetros. Antes de ser detido, proferiu algumas palavras tais como "Fim ao comunismo" e "Abaixo o Papa e o Vaticano II".

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