sábado, 2 de agosto de 2008

Época balnear registou 13 mortes em dois meses...

Mesmo número que nos quatro meses de Verão do ano passado.

Pelo menos 13 pessoas morreram nas praias portuguesas durante os dois primeiros meses da época balnear, tantas quanto o número total de vítimas mortais em toda a época do ano passado, avança um balanço da Marinha divulgado hoje.

Das 13 mortes, cinco ocorreram em praias vigiadas, outras cinco em praias não vigiadas e as restantes em praias fluviais sem vigilância. À excepção de um destes incidentes, todas as vítimas eram homens. A única mulher vítima nesta época balnear morreu por afogamento numa praia não vigiada.

De acordo com o balanço do Instituto de Socorros a Náufragos sobre os quatro meses da época balnear do ano passado, morreram nas praias portuguesas 13 pessoas, o mesmo número já atingido este ano em dois meses.

Entre os acidentes mortais nas zonas balneares vigiadas este ano, três foram por doença súbita e os outros dois por afogamento, em alturas em que estavam hasteadas as bandeiras vermelha e amarela.

Nas praias marítimas sem vigilância, morreram também cinco pessoas, quatro delas por afogamento e uma por doença súbita.

Quanto às praias fluviais, todas as três mortes se deveram a afogamento e as vítimas foram jovens com idades entre os 15 e os 18 anos.

Num comunicado enviado hoje, a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores alerta para a necessidade de criar com "urgência" legislação para estes locais fluviais que legalmente não são praias fluviais e, por isso, não têm vigilância.

"É urgente criar legislação para estes locais que têm uma enorme procura, contemplando a presença de nadadores-salvadores, pelo menos no período de maior utilização", apela a federação, que aconselha uma "estratégia mais eficaz de interdição" destes espaços fluviais que legalmente não são considerados como praias e, como tal, não são obrigados a ter vigilância.

Ainda segundo o balanço da Marinha, das 13 vítimas registadas nos primeiros dois meses desta época balnear, dez eram de nacionalidade portuguesa, uma cabo-verdiana, uma holandesa e outra alemã.

Entre 1 de Junho e 31 de Julho foram feitas 228 operações de salvamento nas praias e 542 acções de primeiros socorros.

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