Grupo de passageiros prejudicados pela Sata vai avançar com reclamação.
Trinta dos 184 passageiros que esperaram seis horas e meia no Brasil para embarcar rumo a Lisboa decidiram juntar-se para reclamar junto da Sata.
"Para já, há pelo menos trinta passageiros que se juntaram para fazer uma reclamação junto da companhia aérea". Foi assim que João Dias, uma das 184 pessoas afectados pelo atraso de seis horas e meia do voo da Sata Salvador/Lisboa, anteontem, confirmou hoje ao Expresso a intenção de um grupo de passageiros dar início ao que "pode evoluir para um processo" judicial contra aquela companhia aérea açoreana.
A decisão surge na sequência de o avião ter ficado retido em Salvador, no Brasil, durante várias horas, porque a Sata não tinha em dinheiro 43 mil euros para pagar o reabastecimento dos tanques de combustível. (Ver no final do texto caixa com link para a primeira notícia sobre o assunto).
Atraso afecta mais 206 passageiros em Portugal
O atraso do voo Salvador/Lisboa acabou por provocar uma reacção em cadeia, prejudicando 206 passageiros que esperavam em Portugal para embarcar, precisamente com destino ao Brasil. As pessoas que deveriam sair ontem de Lisboa, no mesmo avião, com destino a Porto Seguro, acabaram por ficar em terra mais um dia.
"Tomámos a opção de instalar estes passageiros num hotel porque só tínhamos condições de as fazer sair muito tarde", explicou ao Expresso Natalie Bleqiere, a responsável pela comunicação da transportadora aérea.
Sata não discute e Shell não responde
Apesar de ontem ter afirmado que se iriam "apurar responsabilidades na segunda-feira" sobre o que se tinha passado em Salvador, Natalie Bleqiere afirmou hoje ao Expresso que o assunto "não será discutido nos jornais".
Entretanto, a Shell Brasil ainda não respondeu ao e-mail do Expresso com perguntas sobre a sua versão do que se passou. É que os serviços da Shell em Portugal não se pronunciam sobre os problemas de abastecimento de combustível ocorridos no voo da Sata que ligava Salvador da Bahia a Lisboa.
Catarina Bastos, da Shell Lubrificantes, explica que a empresa não tem em Portugal serviços de comunicação institucional e que estas questões passaram a ser tratadas pela equipa da Shell em Paris. Acontece que o responsável pela comunicação da Shell em Paris, Bruno Rosenthal, se encontra de férias
O Expresso contactou a Shell Brasil, que remeteu as explicações para um portal na Internet - o "Comunique-se" - onde as perguntas e respostas funcionam através de e-mail. As questões do Expresso foram enviadas hoje da parte da manhã e ainda não houve qualquer resposta.
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