sexta-feira, 14 de maio de 2010

Pornografia infantil vira-se para redes sociais.

É uma guerra sem quartel a do combate ao comércio pela Internet de fotos e vídeos de crianças a serem abusadas sexualmente. O crime agora está em redes sociais.

Cerca de 450 organizações criminosas estão a ganhar dinheiro com a venda de imagens de crianças a serem abusadas sexualmente, informa a Fundação para a Vigilância da Internet (IWF) no seu relatório de 2009 hoje divulgado.

No entanto, a organização britânica garante que esta actividade não cresceu durante os últimos anos mas que os grupos procuram por estes dias novas formas de contactar os potenciais clientes.

"Ainda que o uso da Internet e o conteúdo online continuem a crescer, registamos uma estagnação nos últimos anos no que diz respeito ao comércio de imagens de crianças abusadas sexualmente", assegura Peter Robbins, director-executivo do IWF.

Para não serem apanhados pelas autoridades, os distribuidores deste tipo de conteúdos ilegais recorrem, cada vez mais, a redes sociais de reduzidas dimensões, sites de partilha de imagens e plataformas onde é possível alojar sites gratuitamente.

Pagar para ver.
De acordo com o relatório da IWF, a maior parte dos gangues implementam sistemas de pay-per-view , cobrando mensalmente cerca €65 àqueles que pretendem aceder a fotos e vídeos. Em regra, a maior parte do conteúdo disponibilizado online foi comprado aos próprios abusadores.

Para combater este flagelo, a IWF vai começar a alertar os fornecedores de acesso à Internet sempre que detecta conteúdos ilegais online, na esperança de que esta nova estratégia seja copiada por organizações similares noutros países.

"Nada poderá ser feito apenas a nível nacional. Todos os países deverão proceder como nós, removendo o conteúdo na fonte e bloqueando o nome com que o domínio está registado", disse Peter Robbins.

Em 2009, a IWF identificou 8.844 páginas contendo imagens de crianças a ser abusadas, parte das quais estariam a ser violadas ou tinham menos de seis anos.

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