Hannah Jones, 13 anos, conseguiu que a sua vontade fosse aceite: recusa submeter-se a um transplante de coração, a única hipótese para continuar a viver. A história está a comover a Inglaterra.
A história de uma menina britânica de 13 anos que pediu para "morrer com dignidade" está a comover a Inglaterra.
Hannah Jones conseguiu convencer os médicos do hospital Herefordshire Primary Care Trust de Hereford, no oeste da Inglaterra, onde está internada, a não substituir o seu coração por um novo contra a sua vontade.
Sem garantias de sucesso do transplante
O transplante seria a única hipótese de Hanna para continuar a viver. O seu coração sofreu graves danos na sequência de um tratamento a que foi submetida contra a leucemia de que padece. Mas as hipóteses de sucesso da cirurgia são remotas.
A medicação necessária para evitar uma possível rejeição do corpo ao novo órgão poderia despoletar o reaparecimento das complicações relacionadas com a antiga doença.
Hanna está cansada de sofrer, e a única coisa que deseja é acabar os seus dias em casa, na companhia dos irmãos Oliver (11 anos), Lucy (10) e Phoebe(4). A menina quer receber apenas os cuidados da mãe, Kirsty, que por coincidência é enfermeira especializada em cuidados intensivos.
Batalha pela morte
No início, o Herefordshire Primary Care Trust quis obrigar a menina britânica a submeter-se à cirurgia e em Fevereiro levou o caso para a Suprema Corte do Reino Unido.
Hanna ganhou o direito de morrer depois de ter sido entrevistada por um assistente social, que confirmou que a menina estava mesmo segura na sua decisão de morrer com dignidade".
Os pais de Hannah apoiam-na. "Não sabemos exactamente o que terá dito, mas deve ter sido algo realmente muito forte para convencer (o assistente social) a dar-lhe razão. É incrível que uma pessoa que tenha passado por tanto sofrimento tenha tanta força para defender os seus direitos. Estamos muito orgulhosos da nossa pequena", disse Andrew, pai de Hanna, em declarações ao jornal 'The Independent'.
Entrevistados pelo jornal 'Daily Telegraph', dizem que é óbvio que desejaria ter a filha com eles por muito mais tempo, mas entendem que devem respeitar a sua vontade.
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